AS CILADAS DO MALIGNO

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Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8)

 

Paulo admoesta a que “não caiamos nas ciladas do maligno” (1Tm.3:17). O inimigo (Satanás) é um adversário astuto, como a serpente (Gn.3:4). Ele sabe os pontos fracos do ser humano, e também sabe que para atingir o seu objetivo muitas vezes é necessário um pouco de aproximação de cada vez. É de pouco em pouco que a maioria das pessoas acaba caindo em perdição. A Bíblia nos diz que Satanás é um inimigo astuto, sagaz: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo (Ef.6:11).

 

As ciladas do maligno são “astutas”. Ele não apresenta todo o mal de uma vez só, mas, para ser sagaz, ele quer enganar o povo de Deus com uma “mentirinha” de cada vez. Essa tática é a que mais atinge em qualquer área das nossas vidas. Sempre a mentira é que “um pouco mais além não vai fazer mal”, e no final, já estamos completamente derrotados. Um pequeno erro chama outro, que, por sua vez, chama outro, que chama outro, que também chama outro, e assim por diante. A nossa própria carne quer nos dizer sempre: “Se você fizer isso não tem mal nenhum”“não é pecado isso...”.

 

Depois, com mais um pouco de liberdade para a carne, ela parece dizer novamente: “Mas um pouco não tem mal”... e de pouco em pouco, acabamos por fim cometendo um grande pecado! No final das contas, a mentira do início que parecia tão “inocente” acaba mudando de cara: “Agora que você já pecou e está completamente arruinado não tem mal em ir mais um pouco em frente...”. Infelizmente as pessoas acabam caindo, e caindo, e caindo cada vez mais nestes “oferecimentos” que o mundo nos dá e a nossa própria carne quer nos convencer de que não tem mal algum em praticar algo que aparentemente não é um “pecado” em si mesmo.

 

O problema disso é que isso leva a patamares cada vez mais altos, e quando caímos em si mesmos vemos que o mal já foi praticado e tudo o que resta é pedirmos perdão – envergonhados – para Deus, por cometermos novamente um pecado contra Ele. Queremos provar o nosso amor a Ele e também queremos mostrar a Ele que nós mesmos não querermos pecar. Queremos mostrar a Ele que o nosso perdão e arrependimento não é falso. Às vezes pedimos até uma “revanche” para provarmos que não estamos sendo falsos, mas quando a tentação vem novamente o pecado acaba entrando pelo menos caminho de antes.

 

Nós devemos aprender que uma pequena mentira leva a um grande desvio – desde pequenos pensamentos que achamos não encontrar mal algum até perversões muito maiores que quando vemos não há mais solução. O processo deve ser abortado e a mente espiritual ativada o mais rápido possível. Devemos parar de cair sempe nos mesmos erros. É como em uma partida de futebol em que o time adversário marca um gol sempre exatamente naquele mesmo lado do campo, com as mesmas jogadas e com os mesmos jogadores.

 

Se sabemos que o adversário está atacando por aquele ponto, então devemos nos adiantar a este ataque do maligno (não por sermos oniscientes, mas por prevenção), sabendo que se nada for feito o adversário vai continuar atacando – e marcando – no mesmo lugar todas as vezes. Nós podemos com todas as armaduras que Deus nos concede adiantarmos as ciladas do maligno e dizer NÃO àquelas “coisinhas pequenas” que a nossa carne nos oferece logo de princípio. Diga não a elas. Diga não a elas antes que essas mentiras pequenas se tornem algo tão insuportavelmente grande que pareça impossível de ser superada. Lembrem-se daqueles que já venceram na fé.

 

O apóstolo Paulo costumava dizer: “Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1Co.11:1; Gl.4:12). O autor de Hebreus diz para “lembrarmos dos nossos líderes e imitarmos a sua fé” (Hb.13:7); “imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida” (Hb.6:12). Devemos imitar aqueles que já venceram e buscarmos inspiração para podermos ganhar cada batalha. Devemos sempre lembrar novamente daquela voz que dizia: “EU NÃO VOU FAZER ISSO!”.

 

E insistentemente diga que não vai fazer mesmo. Deus espera uma correspondência sua para com ele. Pessoas que vivem com “pequenos pecados” já é suficiente para que elas acabem contaminando todo o ser. Elas acabam pensando que estes “pecadinhos de estimação” não tem mal nenhum, e quando se dão conta de si, veêm que já estão inteiramente contaminadas. Como disse Salomão, “assim como a mosca morta produz mau cheiro e estraga todo o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a sabedoria e a honra” (Ec.10:1).

 

Uma pequena mosca morta exala um cheiro tão ruim que por si só consegue estragar com todo o perfume. Não importa que sejamos como “perfumes” em uma parte de nós, se em alguma outra parte somos tais como “moscas mortas”. Isso nos fará completamente contaminados – estragará com todo o perfume! Um pouco de “insensatez” (“tolice” – NTLH) já é suficiente para pesar mais do que a sabedoria e a honra juntas! Muitos de nós somos como o exemplo de Salomão. Cometemos algumas “poucas” tolices de vez em quando, e pensamos não haver mal algum com isso.

 

A verdade por trás disso é que estamos contaminando todo o nosso ser, pesando mais do que a sabedoria e a honra, assim como uma pequena mosca morta estraga com todo o perfume. Você aceitaria comprar uma água que se diz “99% potável” e “1% envenenada”? Você aceitaria se casar com alguém que te promete ser “95% fiel” a você nos dias de sua vida e “5% dos dias infiel”? Com Deus não é diferente! Nós não devemos pecar deliberadamente pensando não haver mal nenhum com isso ou então cair sempre nos mesmos erros e da mesma forma (como num ataque adversário repetitivo numa partida de futebol), pois desta forma é um todo de nosso ser que passa a ser considerado “impuro”.

 

Nós devemos é confessar os nossos erros ao Senhor e Salvador de nossas vidas, Jesus Cristo, aquele que é poderoso para nos perdoar de qualquer pecado mediante o seu sangue por nós derramado na cruz (1Jo.1:7), nos arrependermos deles, e, principalmente, ABANDONÁ-LOS! É verdade que isso pode demorar algum tempo, e também é verdade que nunca chegaremos a um patamar de perfeição aqui nesta vida. Mas sabemos que, enquanto tivermos um coração arrependido que confessa e ABANDONA os pecados praticados, “o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado” (1Jo.1:7), de modo que “pelo seu próprio sangue conseguiu para nós eterna redenção” (Hb.9:12).

 

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Por: Lucas Banzoli.

 

Extraído de meu livro: "Como Vencer o Pecado". 

 

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